sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Frederick Perls e a Gestalt-terapia

Fritz Perls

Friederich Salomon Perls (Berlim, 8 de Julho de 1893Chicago, 14 de Março de 1970), também conhecido por Friedrich Perls, ou Fritz foi um psicanalista de origem judaica que desenvolveu uma abordagem da psicologia chamada Gestal-terapia. Fritz propôs o conceito de que o desenvolvimento psicológico e biológico de um organismo se processa de acordo com as tendências inatas desse organismo, que tentam adaptá-lo harmoniosamente ao ambiente e também criticava a psicanálise antes mesmo do surgimento da Gestalt-Terapia, podendo ser observado em sua primeira publicação: "The Ego, Hunger and Aggression"(1942) (O Ego, A Fome e A Agressão, em português), no qual critica a teoria psicanalítica com base em pesquisas sobre percepção e motivação. Neste livro Fritz lança uma importante discordância teórica com relação à psicanálise: a idéia de que a base da agressão e do sadismo está na fase oral e não na fase anal do desenvolvimento infantil.
É também neste livro que Perls lança alguns conceitos básicos do que seria, mais tarde, a Gestalt-terapia: a realidade do aqui e agora, o organismo como totalidade, a unidade organismo/meio, a dominância da necessidade emergente e uma reflexão sobre o conceito de agressão, que é entendida como uma força biológica importante para o crescimento. Um ano após sua publicação foi fundado o Gestalt Institute of New York centro especializado no desenvolvimento da Gestalt-Terapia. É importante salientar que Gestalt e Gestalt-terapia são conceitos diferentes. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre pt.wikipedia.org/wiki/Perls
Fritz foi fortemente influenciado pela Teoria de Campo de Kurt Lewin

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Trabalho Gestalt





Segundo a Gestalt, o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interação entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos. A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma teoria da psicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que possibilitou o estudo da percepçãoSurge como uma reação às teorias contemporâneas estabelecidas que se fundamentavam apenas na experiência individual e sensorial (Wundt). Parte do princípio de que o objeto sensível não é apenas um pacote de sensações para o ser humano, pois a percepção está além dos elementos fornecidos pelos orgãos sensoriais. Fundamentam-se nas afirmações de Kant de que os elementos por nós percebidos são organizados de forma a fazerem sentido e não apenas através de associações com o que conhecemos anteriormente.
Max Wertheimer (1880-1943) publica o primeiro trabalho considerado iniciador dos estudos da Gestalt em 1912, num estudo sobre a percepção visual, com seus colegas Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940). Os três são considerados iniciadores do movimento da Gestalt. Estes consideram os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna, que independem da percepção individual e que formulam leis próprias da percepção humana.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt
Kurt Lewin foi colega dos fundadores da Gestalt na Universidade de Berlim. Todos foram obrigados a migrar por causa do nazismo e escolheram os EUA como destino. Na Alemanha, combatiam as idéias de Wundt. Nos EUA, foram de encontro ao behaviorimo de Watson
A teoria da Gestalt fundamentou a Gestalt-terapia de Fritz Perls, tema de próximas postagens.  

Preciso Saber - Jefte Rodrigo

Essa canção, como esse blog, é fruto do Projeto Interdisciplinar "Psicologia em Ação" da Unifacs Laureate.
A equipe (composta por Jefte, Rafael, Camila, Luiza, Sabrina, Jéssica e Victor) explorou o tema "Cognição na adolescência: um estudo a partir de Stanley Hall".
Adolescência: fase de tempestades e tormentas, segundo Hall. Segundo Goethe, em Os sofrimentos do Jovem Werther, etapa da vida marcada por um espírito idealista que se rebela contra o velho, momento de paixões.

Canção do Adolescente - Jefte Rodrigo
Enquanto chagas na alma consomem todo o meu pensar
E incertezas na mente dispersam o meu imaginar
Meus pensamentos estão em conflito, eu preciso dizer
Meu raciocínio precisa saber
O que significa viver
Quero pensar que tudo isso vai logo passar
Pois meus discursos internos precisam se organizar
É necessário que eu passe pela crise de dor
Para que eu compreenda de fato quem eu sou
Que os velhos outonos e os velhos invernos se passem, e venha o florescer
è preciso crescer, é preciso lutar, é preciso amadurecer
Avançar, prosseguir, levantar, caminhar, conquistar o meu interior
Me desenvolver e ousar
Saber quem eu sou e efetivar
Minha identidade
Preciso saber

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O empoderamento de "Yes, we can!"

Yes we can!” A repetição da expressão – “Sim, nós podemos!” – no primeiro discurso de Barack Obama como candidato eleito à Presidência dos Estados Unidos simboliza o empoderamento de um conjunto da população sistematicamente humilhada no país: os afro-americanos. São eles que tomaram as ruas para eleger Obama, que saíram às ruas para comemorar a eleição, que vêem nele uma esperança. O candidato democrata expressa uma ruptura com o passado segregacionista estadunidense e com a linha política republicana do atual presidente, George W. Bush. João Alexandre Peschanski

(http://alainet.org/active/27460&lang=es)


O empoderamento utilizado no discurso de Barack Obama foi fundamental para o seu sucesso nas eleições. Esse tal empoderamento, como a tradução já sugere, ela dá poder, dá voz, a todos aqueles marginalizados pela sociedade e assim, decidiram o futuro do seu país. O “empowerment” implícito na frase “Yes, we can” faz com que as pessoas se sintam motivadas e capacitadas a fazerem a mudança da sua nação. Os jovens norte-americanos tiveram uma grande influência nessa mudança. O candidato tinha nos jovens uma parcela importante do seu eleitorado e usou seu blog e seu perfil no Twitter - uma grande novidade até o momento - para aproximar-se dos eleitores. Até o momento, o perfil de Obama no Twitter é que tem mais seguidores no mundo. Os candidatos também usaram a internet maciçamente para colher dinheiro para a campanha. As pequenas doações, obtidas principalmente nas campanhas via web, somaram 47% do dinheiro usado por Obama em sua campanha. 

domingo, 7 de novembro de 2010

Empoderamento, essa palavra existe?

É um neologismo. Vem do inglês, empowerment, que quer dizer autorizar, licenciar, dar poder, tornar possível. Paulo Freire foi o primeiro a usar o termo, dando-lhe um sentido mais filosófico, não como uma doação ou benevolência, mas como uma conquista. Segundo o educador, a pessoa, grupo ou instituição empoderada é aquela que realiza, por si mesma, as mudanças e ações que a levam a evoluir e se fortalecer. Implica conquista, avanço e superação por parte daquele que se empodera (sujeito ativo no processo).
O empoderamento parte da idéia de dar às pessoas o poder, a liberdade e a informação que lhes permitem tomar decisões e participar ativamente da organização.
O empowerment se assenta em quatro bases principais:

  1. Poder – dar poder às pessoas, delegando autoridade e responsabilidade em todos os níveis da organização. Isso significa dar importância e confiar nas pessoas, dar-lhes liberdade e autonomia de ação.
  2. Motivação – proporcionar motivação às pessoas para incentivá-las continuamente. Isso significa reconhecer o bom desempenho, recompensar os resultados, permitir que as pessoas participem dos resultados de seu trabalho e festejem o alcance das metas.
  3. Desenvolvimento – dar recursos às pessoas em termos de capacitação e desenvolvimento pessoal e profissional. Isso significa treinar continuamente, proporcionar informações e conhecimento, ensinar continuamente novas técnicas, criar e desenvolver talentos na organização.
  4. Liderança - proporcionar liderança na organização. Isso significa orientar as pessoas, definir objetivos e metas, abrir novos horizontes, avaliar o desempenho e proporcionar retroação.
O empowerment não é algo fixo, mas funciona em um continuum que vai desde um baixo até um elevado grau de delegação de poder. Quando esse grau é elevado, estamos diante de equipes de alto desempenho graças à excelência da sua dinâmica e aos resultados proporcionados.



Obama e a motivação para a mudança

Barack Obama se candidatou à presidência dos EUA num momento em que a economia americana passava por grandes dificuldades. O sonho americano (self made man, ou seja, o sonho de que se trabalhando duro é possível ter sucesso e enriquecimento), mola-propulsora da ação da população americana, ideal de sucesso perseguido por todos, estava ameaçado pela recessão. O abismo entre ricos e pobres nunca fora tão grande. A população estava abatida. Obama, com seu poder de comunicação, convenceu que a mudança era possível, que o voto poderia realmente transformar a realidade e reativou o ideal do sonho americano. Isso exigiu uma transformação na psique americana, no sentido de provar que era possível o entendimento entre um bom governo e o engajamento civil. Obama iniciara sua campanha muito antes, quando começou sua carreira política, junto às lideranças comunitárias, promovendo a inclusão dos excluídos. Ao longo dos vinte e cinco anos de carreira política, Obama passou de um jovem líder comunitário idealista a presidente. Ele é o próprio exemplo que “Yes, we can!”.  O líder democrático descrito por Lewin algumas décadas antes. Um profundo conhecedor das dinâmicas de grupos. Abramsky (2010) diz que Obama é, antes de tudo, “um ser humano relacional. Ele sabe ouvir” (p. 149). Obama assinalou uma mudança histórica ao ascender ao poder, não só pela sua cor de pele, pelo nome que carrega, mas pelo que representa. Reacendeu o idealismo e renovou o senso de comunidade e propósito comum. Seus valores e seus ideais tem calado fundo nos jovens eleitores, que ainda estão construindo uma identidade. Eles confiam em Obama, eles anseiam por mudanças, querem derrubar o que está estabelecido. Como depositário fiel de tanta esperança nas mudanças para um mundo melhor, Obama tem uma responsabilidade imensa. Com a globalização, se seu governo não der certo, todos seremos atingidos. 

ABRAMSKY, Sasha. A Cabeça de Obama. Rio de Janeiro: Agir, 2010.
Isso me faz lembrar Silvia Lane, uma psicóloga social brasileira que dizia que toda a ação é política: ou ela transforma ou ela conserva.  Somos todos, de alguma forma, co-responsáveis. Temos que nos conscientizar disso.

sábado, 6 de novembro de 2010

REEDUCAÇÃO COMO UMA MUDANÇA DE CULTURA

Essa é uma síntese do texto de Lewin.

A reeducação é um processo onde as mudanças de conhecimento e crenças, de valores e padrões que caracterizam pensamento e comportamento, de ligações e necessidades emocionais, e também mudanças da conduta cotidiana ocorrem dentro do quadro da vida total do indivíduo no grupo, ou seja, o processo reeducativo tem de realizar uma tarefa que equivale essencialmente a uma mudança de cultura. 
CONTRADIÇÕES INTERNAS NA REEDUCAÇÃO:
O processo reeducativo afeta o indivíduo de três maneiras, muda a estrutura cognitiva:
·         A maneira de ver o mundo físico e social utilizando os fatos, conceitos, crenças e expectativas;
·         Modifica suas valências e valores, suas atrações e aversões a grupos e a padrões  grupais e sentimentos como aprovação e desaprovação;
·         Afeta a ação motora, incluindo grau de controle do indivíduo em seus movimentos físicos e sociais.
[...] é da maior importância que o reeducador  tenha  inteira compreensão da maneira pela qual esses componentes psicológicos – estrutura cognitiva, as valências e valores, e a ação motora – são afetados por qualquer etapa específica na reeducação.
MUDANÇA DA ESTRUTURA COGNITIVA:
·         Mesmo ampla experiência direta não cria automaticamente conceitos corretos (conhecimentos). Uma sequência de experiências fora do comum, que foram realizadas pelo homem (experimentos), na busca sistemática da verdade provocando uma mudança nos conceitos menos adequados para os mais adequados.
·         A ação social não é menos dirigida pela percepção que a ação física. Em qualquer situação não podemos deixar de agir de acordo com o campo que percebemos. A tarefa básica da reeducação pode ser considerada a de alterar a percepção social do indivíduo.
·         Via de regra, não basta o domínio do conhecimento correto para se corrigir a percepção errada.
[...] os indivíduos podem ser percebidos como “representantes típicos” desse grupo, é que a experiência com indivíduos tem a probabilidade de afetar o estereótipo.
Os estereótipos incorretos (preconceitos) são funcionalmente equivalentes a conceitos errôneos (teorias).
Não é possível depender da ocorrência acidental de tais experiências. Mudanças de sentimentos não acompanham necessariamente mudanças da estrutura cognitiva.
Se a estrutura cognitiva referente a um grupo modificar num indivíduo, ainda assim, os seus sentimentos com esse grupo continuarão os mesmos.
LEWIN, Kurt. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1970.

Motivação

"Motivo, motivação, mover, movimentar e motor são todas as palavras modernas que têm a mesma origem e estão associadas à mesma idéia: a palavra latina motivus, que significa aquilo que movimenta, que faz andar. A palavra motivação representa, então, uma causa que movimenta a natureza humana na busca de algo, estando diretamente ligada com o comportamento das pessoas por oferecer a energia necessária para a ação praticada"[...]" As teorias motivacionais modernas ainda se inspiram nessas antigas idéias que identificaram três tipos principais de motivos e hipóteses correspondentes sobre a natureza do homem: o ganho material, o reconhecimento social e a realização pessoal." 


O que te move?




Motivação
s.f. Ato ou efeito de motivar. Palavra popularmente usada para explicar por que as pessoas agem de uma determinada maneira. Em psicologia e nas outras ciências do comportamento, a palavra tem uso mais limitado. Alguns cientistas vêem a motivação como fator que determina o comportamento, tal como expresso na frase "todo comportamento é motivado".
Segundo Gazzaniga e Heatherton (2005), motivação são fatores que energizam, dirigem ou sustentam comportamentos.
GAZZANIGA, M. S.; HEARTHETON, T. F. Ciência Psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2005.

A influência de Kurt Lewin para o estudo da cognição

"Kurt Lewin é considerado um dos precursores da abordagem cognitiva. Para ele, a motivação depende do modo como a pessoa percebe o estado de coisas que influencia o seu comportamento, e o que é percebido nem sempre corresponde à situação real."Braghirolli et al. Psicologia Geral. RJ: Vozes, 2004
Kurt Lewin sempre buscou meios de levar a Psicologia ao “estado de uma ciência logicamente sólida”. Mas teve consciência que, para uma ciência chegar neste nível, primeiro deveria desenvolver leis mais específicas e não tão gerais.
Lewin diz que, quando o assunto é “aprendizagem”, fica impossível  a Psicologia explicar o que este termo representa por meio de uma única “fórmula”. Para representar a aprendizagem Lewin distinguiu quatro tipos de modificações.
1 – Aprendizagem como uma mudança na estrutura cognitiva (conhecimento);
2 – Aprendizagem como uma mudança de motivação (aprender a gostar ou não gostar);
3 – Aprendizagem como uma modificação do grupo a que pertence ou ideologia ( este é um aspecto importante do crescimento numa cultura);
4 – Aprendizagem no sentido de controle voluntário da musculatura do corpo (este é uma aspecto importante na aquisição de habilidades, como falar e auto-controle).
O controle voluntário da musculatura do corpo é um dos tipos de conhecimento elementar, que está diretamente relacionado com uma mudança na estrutura cognitiva.
O indivíduo obedece uma ordem progressiva de estágios do desenvolvimento da inteligência  para obter uma aprendizagem. Ao nascer o indivíduo já possue algumas estruturas mentais hereditárias, que possibilitam algumas aprendizagens primárias (ações sensório-motoras) e quando hà realização dessas aprendizagens, as estruturas cognitivas se modificam  formando novas estruturas e essas mudanças possibilitam uma nova aprendizagem.
Ao explicar a aprendizagem, Lewin deixa claro que a valência de uma atividade depende em parte de seu significado e, portanto, da sua  estrutura cognitiva, e que é influenciada pelas necessidades dos indivíduos, suas valências e esperanças. “Portanto  todos os processos intelectuais são profundamente afetados pelos objetivos dos indivíduos”. 
 LEWIN, Kurt. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1970.

O legado de Lewin


Edward C. Tolman (1886-1959), psicólogo behaviorista, formou-se  no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e doutorou-se em Harvard.
Atentem para o que Tolman escreveu sobre Kurt Lewin, por ocasião de sua morte:
"Na futura historia da psicologia do nosso tempo, dois nomes destacar-se-ão dentre todos os outros: os de Freud e de Lewin. Freud será reverenciado como o primeiro a desvendar as complexidade da história dos indivíduos e Lewin, como aquele que apreendeu as leis dinâmicas, segundo as quais os individuos se comportam em relação ao meio. Freud, o clínico, e Lewin, o experimentalista, dois homens dos quais nos lembraremos sempre, por que suas explorações divergentes mas complementares fizeram da Psicologia uma ciência aplicável tanto aos indivíduos como à sociedade real." (The Psychological Review, 55,1-4)
É por isso que encontramos tantas referências a Lewin também nas publicações de Administração.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Explorando a Psicologia - O poder da situação Pte3 de 3

Assista também a última parte, em que experimentos demonstram como a criação de vínculos pode mudar o comportamento das pessoas.
E é justamente na vinculação com as pessoas que Obama fez a diferença. Como diz Abramsky, no livro A Cabeça de Obama, "ele conversa com cada pessoa por poucos segundos apenas, mas, nesses momentos, estabelece uma ligação", dando-lhe atenção total. Um líder carismático.

Explorando a Psicologia - O poder da situação Pte2 de 3




Experiência de Milgram foi uma experiência científica desenvolvida e realizada pelo psicólogo Stanley Milgram.
Pretendeu inquirir de que forma é que os indivíduos observados tendem a obedecer às autoridades, mesmo que estas contradigam o bom-senso individual.
A experiência pretendia inicialmente explicar os crimes inumanos do tempo do Nazismo.
Em 1964, Milgram recebeu por este trabalho o prémio anual em psicologia social da American Association for the Advancement of Science
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lewin e a Psicologia Social Moderna


Esse vídeo faz parte de uma série que apresenta as concepções teóricas e os primeiros experimentos da Psicologia Social.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Os experimentos de Lewin - Efeito de Zeigarnik

Após servir no exército alemão na Segunda Guerra Mundial, Lewin retornou a Universidade de Berlim e dedicou-se à pesquisa da Gestalt a respeito da associação e motivação com tanto entusiasmo que várias vezes foi considerado colega dos três fundadores da Gestalt.
Por toda a carreira de 30 anos, Lewin dedicou-se à área amplamente definida da motivação humana, descrevendo o comportamento humano dentro de total contexto social e físico. Seu conceito geral de psicologia era prático, concentrado nas questões sociais que afetam a nossa vida pessoal e profissional.
Lewin propôs a existência de um estado de balanço ou equilíbrio entre o indivíduo e o ambiente. Qualquer perturbação desse equilíbrio provoca uma tensão que, por sua vez, conduz a alguma ação em um esforço de aliviar a tensão e reestabelecer o equilíbrio. Assim, para explicar a motivação humana, Lewin acredita que o comportamento envolve um círculo de estados de tensão ou estados de necessidades seguidos de atividade e alívio.
Em 1927, Bluma Zeigarnik realizou um experimento, sob a supervisão de Lewin, para testar essa proposição. Os indivíduos recebiam uma série de tarefas e lhes era permitido terminar algumas, mas eles eram interrompidos antes de completarem outras. Lewin fez algumas previsões.
1. Um sistema de tensão será criado quando o indivíduo receber uma tarefa para realizar;
2. Quando a tarefa for concluída, a tensão desaparecerá;
3. Se a tarefa não for concluída, a persistência da tensão resultará na maior probabilidade de o indivíduo lembrar-se da tarefa. 
Os resultados de Zeigarnik confirmaram as previsões. As pessoas lembravam-se das tarefas não concluídas com mais facilidade do que das completadas. Desde então, esse efeito passou a se chamar Efeito de Zeigarnik.
A inspiração para essa pesquisa de Lewin a respeito da motivação a respeito da motivação surgiu da sua observação de um garçom do café situado do outro lado da rua Psychological Institute em Berlim. Uma tarde, ao reunir-se com alguns alunos da pós-graduação no café, alguém comentou estar surpreso com a habilidade aparente do garçom em lembrar-se do pedido de cada um sem anotar. Algum tempo depois de pagar a conta, Lewin chamou o garçom e perguntou-lhe o que eles haviam consumido. O garçom indignado, respondeu que não se lembrava mais.
Uma vez paga a conta, a tarefa do garçom havia terminado e a tensão, desaparecido. Ele não precisava mais se lembrar do que cada um tinha pedido.
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Thomson, 2005.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Kurt Lewin e Liderança

Kurt Lewin foi um psicólogo que contribuiu muito para o movimento das ciências do comportamento, e o seu foco principal foi na exploração psicológica dos fenômenos de grupo, e essa exploração foi muito importante na evolução da psicologia social.
A Liderança é a capacidade que uma pessoa tem de controlar o comportamento de um grupo. Os lideres são considerados indivíduos que tem visão, demonstram confiança e autoconfiança, conseguem a colaboração de todos os elementos e devem ter iniciativa. Para uma liderança ser bem sucedida é necessário que o líder se relacione bem com os outros membros do grupo,  o grau de dificuldade, o tempo, a rotina das atividades,a personalidade, características dos elementos do grupo , as exigências e pressões são características que devem existir para a liderança ser e eficiente.O líder para se eficaz deve ser honesto, assertivo, justo com os liderados,e expressar interesse pessoal com as atividades.
Kurt Lewin definiu três tipos de liderança que são:
Liderança Autoritária, caracterizada pelo líder que toma de decisões e dirige sozinho todas as atividades do grupo. Costuma usar a critica negativa, o elogio e não aceita a opinião dos outros membros do grupo. Possuem um alto nível de produtividade no trabalho do grupo, mais os membros não demonstram satisfação pessoal. 
O Líder Democrático costuma aceitar opiniões e com o grupo propõem objetivos permitindo que os membros tracem estratégias adequadas para a realização das tarefas. Utiliza o elogio e a critica procurando dar uma justificativa aos fatos. Os membros do grupo demonstram um alto nível de satisfação, embora a produtividade não seja superior ao da Liderança Autoritária.
E o Líder Permissivo possui características como passividade,falta de iniciativas,não critica e nem elogia os outros membros do grupo e permite a autonomia dos subordinados para a definição das atividade.Por causa da permissividade ocorre uma produtividade inferior aos outros dois tipos de liderança.
Para que ocorra uma liderança eficiente é necessário que no grupo exista sinergia e autoridade, e juntamente com essas características é importante a interação entre o grupo e que aconteça uma mudança no grupo. Só não acontecera a mudança no grupo se o líder esclarecer que é ele quem manda, impedir que as idéias propostas pelo grupo sejam cumpridas sem sua aprovação e subestimar o grupo pois acredita que trabalho em equipe é perda de tempo pois só o líder resolve os problemas nas horas que a situação fica difícil. Existe vários tipos de participação em grupos de trabalho,porem os mais importantes são os tarefistas que é caracterizado por uma movimentação que da a impressão de que existe empenho em relação a tarefa e tem o tarefista que sempre desempenha todas as tarefas e o estilo academicista é do tipo que é inteligente, mas tem dificuldade na hora de tomar decisões e muitas vezes é inseguro.
A Pertinência mostra uma maneira da equipe de centra-se em seus respectivos papeis prescritos e os papeis que aparecem situacionalmente como, por exemplo, o de líder, animador. Existe varias formas de se comunicar, entre elas esta o tipo o qual o individuo transmite uma informação a todos, que é o papel do líder, o estilo de todos pra um,caracterizado pelo processo de deposição grupal, entre todos, onde a comunicação ocorre de maneira igualitária , entre dois onde há subgrupos e entre vários simultaneamente que é caracterizado pelo monologo paralelo.
   A Liderança é um papel muito difícil de ser desempenhado mais com dedicação e eficiência os lideres são capazes de fazer o seu trabalho e chegar ao objetivo juntamente com o apoio do grupo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lewin e a cibernética

Lewin foi pioneiro em muitas coisas. Foi ele que criou o termo feedback, muito usado em dinâmicas de grupo e em administração. Falaremos nisso mais tarde, depois de falarmos de Gestalt. Hoje falaremos da sua ligação com a cibernética.
The Macy conferences foi como ficaram conhecidas uma série composta por 10 conferências, com a participação de 25 pesquisadores dentre eles Kurt Lewin(Psicólogo Social), Erik Erikson (um dos teóricos da Psicologia do Desenvovimento) e Margaret Mead (Antropóloga), ocorridas de 1945-1955 em Nova York. Essa série marcou o surgimento da Cibernética.
O termo cibernética proposto por Noberto Wiener em 1948 foi definido por ele como a ciência do controle e da comunicação no animal e na máquina. São considerados os pais da cibernética – Jonh Von Neumann, Noberto Wiener e Warren McCulloch - trabalhando cada um em sua universidade e com sua equipe na articulação da matemática e da lógica com o funcionamento do sistema nervoso. Todo o trabalho dos pais da cibernética foi realizado  com base na Teoria da Informação, na qual a informação é proposta como um dígito binário capaz de selecionar uma mensagem entre duas alternativas, constituindo assim a essência da cibernética, criada por Claude Shannon em 1938.
CONTEXTUALIZANDO... CIBERESPAÇO E PSICOLOGIA
Uma nova ordem de profundas transformações psicossociológicas está em curso. Frente às implicações da tecnologia da informação na sociedade e na subjetividade humana, prevalece uma certeza: depois de mergulhar no universo digital, o homem jamais será o mesmo. Se por um lado a máquina é encarada como uma barreira à proximidade das relações, por outro ela pode ser entendida como mais uma ponte a aproximar pessoas, onde o espaço do conhecimento configura-se também como o espaço para uma nova forma de convivência.
As especificidades desse espaço virtual estariam sendo assimiladas ao longo da última década pelos internautas que são, ao mesmo tempo, criadores e criaturas de um ambiente que se abre para as interações em um nível de sintonia até então insuspeito. A trajetória da tecnologia anda de mãos dadas com a evolução humana. Muda a realidade, mudam as mentes e as habilidades que permitem lidar com ela. Como já dizia McLuhan, toda tecnologia gradualmente cria um ambiente humano totalmente novo.
Os fenômenos digitais têm provocado profundos impactos no comportamento e na subjetividade do homem contemporâneo. O paradigma virtual cria novas realidades econômicas, humanas e sociais, afeta as relações de trabalho, os hábitos de consumo e reinventa os relacionamentos sociais e pessoais, que ganham inusitadas dimensões e possibilidades. As transformações provocadas pela revolução tecnológica perpassaram diversas áreas do conhecimento, dentre elas a Psicologia, que nos últimos anos tem se dedicado a uma prática ainda polêmica: os atendimentos psicológicos mediados por computador.
Fonte: Revista Psique, Ano III, número 37.
Em tempo: Kurt Lewin participou do nascimento da cibernética, que possibilitou a globalização e o empoderamento das pessoas comuns, através da internet. A internet ajudou a eleger Obama. A equipe de Obama usou a rede de uma maneira nunca antes vista. Com os mais jovens, por exemplo, usaram mensagens de texto e vídeos do Youtube; para os mais velhos, e-mails curtos e concisos. Segundo Chomsky, a melhor estratégia de marketing já vista para se eleger um presidente.

domingo, 24 de outubro de 2010

Teoria X e Teoria Y também são Teorias de Motivação

Esse vídeo explica de maneira clara o que são as Teorias X e Y elaboradas por Douglas McGregor, um dos pensadores mais influentes da área de relações humanas. McGregor nasceu em Detroit e licenciou-se no City College. Doutorou-se em Harvard, onde lecionou Psicologia Social, e foi professor de Psicologia no MIT. Em 1948 era presidente do Antioch College, em Yellow Springs, e em 1962 lecionava a disciplina de Gestão Industrial na Sloan Fellows.
Um argumento contra as teorias X e Y é o fato de elas serem mutuamente exclusivas. Para o contrapor, antes da sua morte, McGregor estava desenvolvendo a teoria Z, que sintetizava as teorias X e Y nos seguintes princípios: emprego para a vida, preocupação com os empregados, controle informal, decisões tomadas por consenso, boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos da hierarquia, entre outros. 
McGregor lecionou psicologia social no MIT e, evidentemente, sofreu influência de Kurt Lewin. Foi Lewin quem fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo do MIT. Fechamos outra gestalt. "Gestalt, o que é gestalt?", você pergunta. Ainda falaremos disso. E muito! Aguarde.