quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Os experimentos de Lewin - Efeito de Zeigarnik

Após servir no exército alemão na Segunda Guerra Mundial, Lewin retornou a Universidade de Berlim e dedicou-se à pesquisa da Gestalt a respeito da associação e motivação com tanto entusiasmo que várias vezes foi considerado colega dos três fundadores da Gestalt.
Por toda a carreira de 30 anos, Lewin dedicou-se à área amplamente definida da motivação humana, descrevendo o comportamento humano dentro de total contexto social e físico. Seu conceito geral de psicologia era prático, concentrado nas questões sociais que afetam a nossa vida pessoal e profissional.
Lewin propôs a existência de um estado de balanço ou equilíbrio entre o indivíduo e o ambiente. Qualquer perturbação desse equilíbrio provoca uma tensão que, por sua vez, conduz a alguma ação em um esforço de aliviar a tensão e reestabelecer o equilíbrio. Assim, para explicar a motivação humana, Lewin acredita que o comportamento envolve um círculo de estados de tensão ou estados de necessidades seguidos de atividade e alívio.
Em 1927, Bluma Zeigarnik realizou um experimento, sob a supervisão de Lewin, para testar essa proposição. Os indivíduos recebiam uma série de tarefas e lhes era permitido terminar algumas, mas eles eram interrompidos antes de completarem outras. Lewin fez algumas previsões.
1. Um sistema de tensão será criado quando o indivíduo receber uma tarefa para realizar;
2. Quando a tarefa for concluída, a tensão desaparecerá;
3. Se a tarefa não for concluída, a persistência da tensão resultará na maior probabilidade de o indivíduo lembrar-se da tarefa. 
Os resultados de Zeigarnik confirmaram as previsões. As pessoas lembravam-se das tarefas não concluídas com mais facilidade do que das completadas. Desde então, esse efeito passou a se chamar Efeito de Zeigarnik.
A inspiração para essa pesquisa de Lewin a respeito da motivação a respeito da motivação surgiu da sua observação de um garçom do café situado do outro lado da rua Psychological Institute em Berlim. Uma tarde, ao reunir-se com alguns alunos da pós-graduação no café, alguém comentou estar surpreso com a habilidade aparente do garçom em lembrar-se do pedido de cada um sem anotar. Algum tempo depois de pagar a conta, Lewin chamou o garçom e perguntou-lhe o que eles haviam consumido. O garçom indignado, respondeu que não se lembrava mais.
Uma vez paga a conta, a tarefa do garçom havia terminado e a tensão, desaparecido. Ele não precisava mais se lembrar do que cada um tinha pedido.
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Thomson, 2005.

2 comentários:

  1. Adorei o artigo,nao entendo de psicologia mas esse texto é bem explicativo e alias o site esta lindo!!!!Hayala aluna de Direito Dom Pedro II

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  2. Essa explicacao realmente está muito boa!!!
    Ela foi retirada do livro Schultz e Schultz...
    q eh td bem explicadinho!!!

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